Shop Floor Management: revolucione o gerenciamento da rotina da sua empresa
Nem sempre os resultados previstos acontecem. Sua empresa está sujeita a muitos problemas operacionais e o desempenho pode estar muito aquém do desejado, fazendo com que os objetivos estratégicos não sejam atingidos. O previsto é diferente do realizado, ou como dizem atualmente, expectativa é diferente da realidade. Nesses casos, o Shop Floor Management (ou gestão diária da rotina) pode ser uma peça importante para fazer com que sua operação ‘volte a andar no trilho’ desejado.
O Lean Manufacturing, como sabemos, nos fornece muitas ferramentas para mudar (melhorar e/ou reprojetar) os processos de sua empresa. Aplicar o Shop Floor Management também pode gerar uma grande mudança na sua empresa, mas o foco está nos PROCESSOS DE GESTÃO. Afinal, Lean não é somente um conjunto de ferramentas.
Esse conteúdo irá apresentar os seguintes temas (CLIQUE NOS LINK LOGO ABAIXO PARA IR DIRETAMENTE A CADA SEÇÃO):
>> O que é o Shop Floor Management ou Gerenciamento Diário da Rotina?
>> Qual a lógica básica do Shop Floor Management?
>> Principais elementos do Shop Floor Management
>> Como implementar o Shop Floor Management
>> Benefícios da aplicação do Shop Floor Management [VEJA UM CASO REAL]
>> Como a Kimia pode suportar sua empresa na aplicação do Shop Floor Management?
Vamos saber mais como revolucionar a gestão diária da rotina na sua empresa? Continue a leitura.
O que é o Shop Floor Management ou Gerenciamento Diário da Rotina?
O Shop Floor Management é uma sistemática de monitoramento do desempenho da operação, de forma que sua aplicação permite garantir que os resultados serão conforme o esperado ou bem mais próximos do alvo (a medida que a aplicação avança, a capacidade de resolução de problemas também melhora).
Para que isso aconteça, muitos elementos precisam funcionar de maneira integrada. Mais adiante, nesse artigo, iremos detalhar quais são esses elementos. Mas é importante já mencionar que envolve a atuação das pessoas e gestores, bem como aspectos ‘estruturais’ como indicadores, gestão visual, trabalho padrão da liderança, reuniões diárias e um plano de comunicação bem estabelecido. E claro, muito trabalho em equipe.
Todos os esses elementos, bem combinados e atuando de modo quase ‘orquestrado’ podem garantir uma rápida tomada de decisão. A seção a seguir ilustra porque a tomada de decisão rápida é fundamental.
Qual a lógica básica do Shop Floor Management?
Para explicar como o Shop Floor Management funciona, vamos recorrer a seguinte metáfora: imagine que você é o capitão de um navio, navegando em direção a uma determinada ilha. Sua viagem até lá está prevista para durar 4 dias.
Em um primeiro cenário você, como capitão, verifica que a embarcação não chegou ao seu destino após os 4 dias de viagem previstos. Então, você decide verificar qual sua posição no mar, e fica claro que houve um desvio da rota já nos primeiros dias da viagem. Mas esse fato só foi detectado após os 4 dias previstos.
Será necessário, portanto, corrigir a rota. Independente do que seja feito daqui para frente, não há meio de chegar até a ilha no tempo previsto. Serão gastos outros dois dias até a chegada ao destino, mesmo que não ocorram novos imprevistos. Isso é representado na imagem abaixo.
Em um segundo cenário, a embarcação tem os mesmos pontos de origem e destino. Entretanto, diariamente, o capitão verifica sua posição e realiza as correções necessárias para seguir na rota planejada. Ainda assim, são detectados desvios, de forma que correções na rota são realizadas.
Esse acompanhamento mais frequente permitirá que o tempo de viagem se aproxime do previsto, ainda que o tempo de viagem também seja maior do que os 4 dias planejados. Isso também é mostrado na imagem abaixo.
Em um terceiro e último cenário para a mesma viagem, o capitão do navio opta por realizar verificações frequentes (de hora em hora, por exemplo) de sua posição, de forma que qualquer desvio possa ser rapidamente corrigido.
A consequência óbvia dessa prática é que o navio acaba chegando ao seu destino no tempo previsto, 4 dias, uma vez que as correções realizadas evitaram a perda de tempo que uma rota mais longa poderia gerar. Como mostrado na imagem a seguir.
Tenho certeza que você, leitor, já entendeu a metáfora, mas não custa nada deixar bem claro. O navio representa a sua empresa. A ilha, são os objetivos estratégicos que precisam ser atingidos. A rota prevista representa como sua empresa planejou atingir o objetivo e quanto iria gastar para isso. Mas a rota real é o que de fato aconteceu em sua operação. Se fugiu ao plano, sua empresa provavelmente gastou mais do que estava previsto. E no primeiro cenário, isso só foi percebido tarde demais.
Assim, de maneira bem simples, o que um Shop Floor Management bem implementado permite é que qualquer desvio na operação da sua empresa seja rapidamente detectado e que sejam tomadas ações corretivas para restabelecer a rota.
Como dito anteriormente, existem muitos elementos que precisam trabalhar de maneira integrada para que o Shop Floor Management entregue o máximo para sua empresa. Estes elementos serão detalhados na seção a seguir.
Principais elementos do Shop Floor Management
Vamos detalhar elemento por elemento. A medida que isso acontece, o importante é ir construindo o entendimento sobre o funcionamento da sistemática de trabalho do Shop Floor Management como um todo. Vamos lá!
Indicadores chave e sistemática de apuração
Ter indicadores para a medição do desempenho é, provavelmente, um dos pontos mais importantes do Shop Floor Management. E isso é simples de entender. Para avaliar o desempenho e detectar desvios, o resultado precisa ser mensurado através de critérios objetivos.
Mas além disso, deve existir uma sistemática de apuração FREQUENTE dos indicadores. Deve ser diária! Se os dados para geração de indicadores são atualizados somente de maneira semanal, quinzenal ou (no pior caso) mensalmente, a informação para tomada de decisão é desatualizada (é um ‘jornal velho’…na edição de ontem estão as notícias de anteontem!) e as respostas são lentas. É semelhante aos cenários 1 e 2 mostrados na metáfora do barco anteriormente.
Esse é um erro frequente. Muitas empresas até acompanham indicadores importantes para o negócio, mas fazem isso de maneira muito consolidada. Ou seja, reportam o resultado após o mês corrente ser encerrado. Aí é tarde demais, o resultado já está ‘sacramentado’.
Por fim, importante destacar que não basta monitorar somente o resultado do indicador, mas também as variáveis que determinam seu resultado final. Isso nos leva ao próximo elemento do Shop Floor Management: trabalho padrão do líder.
Trabalho padrão do líder
Até aqui especificamos indicadores importantes para o negócio e sua atualização frequente. Mas isso não serve de nada se estes não forem IGUALMENTE AVALIADOS DE MANEIRA FREQUENTE. Assim, é necessário definir um conjunto de responsabilidades e rotinas para os gestores das áreas (seu trabalho padrão), de forma que o monitoramento frequente aconteça.
E como dito, também acompanhar as variáveis que determinam o resultado. Vamos utilizar aqui o exemplo do importante indicador de produtividade (medido em unidades por homem ou por hora trabalhada).
Não basta monitorar a produtividade diariamente, temos que garantir o resultado controlando o processo produtivo. Para uma boa produtividade, o gestor da área deve acompanhar aspectos como a distribuição da mão da obra em cada hora, a situação de estoques em processo, o cumprimento do trabalho padrão pelos operadores, os tempos de setup a cada troca de produto, a disponibilidade de máquina para processos que não forem manuais, etc. Controlando o processo (e suas entradas), controlamos e garantimos um bom resultado (as saídas).
E claro, o monitoramento frequente permite que seja dado o ‘primeiro combate’ todas as vezes que algum pequeno desvio for detectado. Ou seja, deve haver um plano de resposta rápida, definindo o que deve ser realizado em cada situação. Tudo isso só é possível se estivermos fortemente apoiados em padrões de trabalho.
Assista ao vídeo a seguir e entenda um pouco mais sobre a atuação dos líderes e seu trabalho padrão. Clique na imagem abaixo.
Esse vídeo faz parte do treinamento EAD de “Introdução ao Lean” da Kimia Consultoria. Nesse curso, falamos do Shop Floor Management para a realização de um Gerenciamento Lean, e também de outras ferramentas e técnicas do Lean Manufacturing. Acesse e inicie agora seu curso. CLIQUE AQUI.
Gestão visual
Utilizar recursos de gerenciamento visual também facilita muito a implantação do Shop Floor Management e a atuação dos gestores. E isso pode ser justificado por pelo menos dois motivos. Caso queira saber mais sobre a gestão visual, CLIQUE AQUI.
O primeiro, é garantir que um gestor tenha as informações disponíveis e atue rapidamente. Não adianta imaginar que ele irá verificar uma informação, por exemplo, de hora em hora, se para isso for necessário gerar relatórios complexos em um sistema ERP ou depender de apontamentos manuais em papel que precisam ser posteriormente consolidados.
O processo para se informar precisa ser ágil. Para isso, podem ser usados quadros de gestão e televisores em pontos estratégicos da empresa, sinais sonoros, alarmes gerados por sistemas de controle (supervisório), gestão de filas de material e demarcação de espaços, quadros kanban que refletem a posição de estoques, etc. A imagem abaixo dá um exemplo de gestão visual utilizando uma televisão, em que a produtividade prevista é comparada a produtividade real em determinado momento (destacado em vermelho). É fácil perceber que existe um desvio, não?
O segundo motivo é que uma gestão visual auxilia gerentes a verificar se líderes de áreas estão realizando as atividades de controle do processo conforme seu trabalho padrão. Pense no seguinte exemplo: quando você utiliza um banheiro público ou em sua empresa, frequentemente existe uma ficha de controle no local indicando os horários de limpeza a serem realizados e se isso realmente aconteceu. Além do preenchimento dessa própria ficha, a situação do banheiro serve como um indicativo se as atividades previstas estão sendo cumpridas. Basta ir ao local para rapidamente ganhar entendimento sobre a situação.
Isso também pode ser realizado através de auditorias lean (usando um sistema de kamishibai, CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS) ou com visitas ao gemba pelos gestores para avaliação do processo e das informações nos quadros.
Reuniões rápidas, frequentes e estruturadas
Um elemento importante do Shop Floor Management é a realização de reuniões frequentes (exemplo, todo turno) entre um líder operacional e áreas de suporte (qualidade, engenharia, manutenção, planejamento, etc). Essas reuniões devem ser rápidas, começar e terminar no horário, e devem ter a função de trazer problemas para discussão, já comunicando diferentes departamentos. Normalmente, é realizada no próprio chão de fábrica, com os participantes em pé ou realizando uma ‘ronda’ em diferentes áreas da fábrica, junto a quadros de gestão. Isso é mostrado na imagem a seguir.
Também é importante destacar que a reunião deve ser estruturada. Ou seja, deve ter pauta estabelecida, participantes definidos, sendo que cada um deles deve ter em mãos informações relevantes e atualizadas para suportar a tomada de decisão.
Para algumas pessoas, essas reuniões frequentes são o elemento ‘mais tangível’ de uma sistemática de Shop Floor Management. Mas os diversos elementos descritos nessa seção são fundamentais para que essa reunião diária seja produtiva e auxilie na correção dos desvios. Um deles é a própria estrutura de gestão que suporta a sistemática, que é o que abordarmos a seguir.
Acionamento da cadeia de ajuda e suporte da estrutura de gestão
Toda vez que um desvio for detectado, durante a reunião diária ou não, uma correção precisa ser realizada. Podemos optar por uma ação corretiva. Isso será descrito na subseção a seguir.
Em outros casos, pode-se chegar a conclusão de que o problema ou desvio precisa ser ‘escalado’, ou seja, deve envolver pessoas dos níveis gerenciais ou de direção para se tomar uma decisão adequada. Da mesma forma que anteriormente descrevemos uma reunião frequente de nível operacional, também deve ser realizada uma reunião de nível de gestores, de forma que os problemas que não puderem ser resolvidos em nível operacional sejam discutidos nesse fórum com a mesma rapidez.
Quando isso está bem pleno funcionamento, podemos dizer que a ‘cadeia de ajuda’ está sendo acionada, de forma que exista um suporte claro da liderança à operação. Todos os níveis hierárquicos devem ser envolvidos, discutindo problemas conforme sua alçada e responsabilidade. Isso é representado pela imagem abaixo.
‘Action log’ e uma resposta rápida
Seja na reunião de nível operacional ou nas reuniões de níveis superiores, o que irá garantir a correção dos desvios são as ações executadas. Assim, devemos definir ações de curtíssimo prazo (com conclusão para hoje ou amanhã) e outras de prazo um pouco mais longo dado suas características. Estamos falando de gerenciamento diário da rotina, não de ações de projeto e implementação (que são longas).
Exemplos de ações de curto prazo: treinamento de equipe, redistribuição da mão de obra, revisão de padrões de trabalho, correção de especificações de produto/processo que estejam gerando alguma dúvida, manutenções corretivas, decisões sobre conformidade ou não de materiais e matérias primas, etc.
Um ponto importante é que estas sejam rastreadas e sua conclusão no prazo seja monitorada. De nada adianta definir ações rapidamente, se estas não forem executadas.
Uma das maneiras para fazer isso é através de um banco de dados em planilha Excel ou Access, de forma que está seja compartilhada com toda a equipe. Além disso, pode-se utilizar um recurso de gestão visual, como o ‘action log’ (registro das ações) mostrado na imagem abaixo. Dia a dia o quadro serve para registrar as ações planejadas, os prazos e o cumprimento destes. Veja abaixo.
As ações registradas no quadro são sempre de curto prazo. Sua conclusão permitirá com que seja dado grande suporte à operação, evitando a permanência de problemas que possam impactar o resultado.
Visão sistêmica do fluxo de valor
Toda a sistemática do Shop Floor Management precisa ser pensada de forma a privilegiar o desempenho do fluxo de valor de maneira sistêmica. Na prática, isso pode acontecer de algumas maneiras.
A primeira, é que as reuniões diárias precisam envolver participantes de todos os departamentos que influenciam e podem suportar o fluxo de valor. Isso garante que todas as áreas sejam informadas em relação aos problemas, de forma que nenhuma ação necessária fique pendente pelo não envolvimento das áreas. Da mesma forma, quando falamos de trabalho padrão do líder, deve-se incluir atividades de rotina de todas as áreas que impactam o fluxo de valor.
Além disso, uma segunda maneira é definir indicadores e metas que busquem o ótimo global (sistêmico), em vez de privilegiar o ótimo local (setorizado). Todos os departamentos devem ter metas individuais que suportem o melhor resultado do negócio, e estas devem ser monitoradas dentro da sistemática do Shop Floor Management.
Uma reunião diária de nível operacional monitora o desempenho e trata os problemas de um fluxo de valor específico que está vinculado a sua equipe. Reuniões de níveis gerenciais e de direção discutem os problemas que não podem ser resolvidos pelas equipes operacionais, integrando e monitorando todos os fluxos de valor da empresa.
Disciplina das equipes
Por fim, destacamos um elemento bastante importante que é a disciplina dos participantes. Sem ela, é difícil que a sistemática do Shop Floor Management ‘pare em pé’ e sua empresa colha todos os benefícios que ela pode entregar. Vamos destacar alguns pontos que envolve a disciplina.
Todos os participantes precisam ter a disciplina para seguir os padrões de trabalho estabelecidos, verificar indicadores e detectar desvios.
Da mesma forma, as reuniões diárias precisam ser rápidas, para que sua alta frequência de realização não seja vista como uma perda de tempo pelos participantes. Para que elas sejam produtivas, é preciso pontualidade de todos e que os participantes tenham as informações em mãos, como já dito. Tudo isso envolve disciplina.
E claro, as equipes precisam ‘ter garra’ para que as ações de curtíssimo prazo definidas sejam concluídas em tempo, evitando que os problemas percebidos venham a causar grande impacto no desempenho da operação.
Por fim, importante destacar que o Shop Floor Management não deve ser aplicado apenas pensando que as equipes, por si só, vão conseguir atender a todos esses requisitos e manter a disciplina necessária. A participação da direção e gerentes é fundamental para suportar e exigir a manutenção da sistemática e, mais do que isso, garantir a rápida correção dos problemas, disciplina e que todos estão atuando da maneira ‘orquestrada’ que é requerida.
Alguns artigos sobre o Shop Floor Management definem a disciplina como o “combustível” necessário para que a sistemática exista e traga os resultados desejados. Se isso é verdade, a liderança da empresa (direção e gerentes) é a responsável pela injeção do combustível e por fazer “essa roda girar”.
Como implementar o Shop Floor Management
Esse texto já forneceu uma visão geral sobre a sistemática e os principais elementos para o correto funcionamento do Shop Floor Management. Então, é provável que um maior entendimento da sistemática já tenha sido obtido. Vamos tratar agora dos passos para implantá-la na sua empresa, seja ela uma fábrica, empresa de serviços ou mesmo um hospital (CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS SOBRE A APLICAÇÃO DO LEAN EM HOSPITAIS).
Passo 1: Defina uma área piloto
Como boa parte das iniciativas de melhoria nas empresas, definir uma área piloto ajuda a limitar o esforço de implantação e gera aprendizados importantes antes de prosseguirmos e expandirmos a sistemática para outras áreas e turnos de trabalho. Assim, escolher um fluxo de valor que sofre com uma tomada de decisão lenta no dia a dia é uma boa escolha. Servirá como case interno a ser divulgado para outros fluxos de valor.
Passo 2: Defina os indicadores, monitoramentos e rotinas de verificação
Bons indicadores (bem escolhidos) devem ser o ‘norte verdadeiro’ do Shop Floor Management. Ou seja, os objetivos a serem perseguidos e atingidos. Definido onde queremos chegar, podemos também definir quais os monitoramentos necessários e as rotinas de verificação por cada um dos participantes (trabalho padrão da liderança).
As vezes, os indicadores são novos, precisamos iniciar medições que não são realizadas atualmente. Em outras vezes, os indicadores existem, mas sua apuração não é realizada de forma desejada ou com a frequência requerida. Assim, essas informações precisam estar disponíveis e visíveis. É natural haver algum tipo de esforço (e tempo consumido) para que os indicadores fiquem disponíveis.
Passo 3: Crie um ‘fórum’ de comunicação
Precisamos ‘desenhar’ qual deve ser a estrutura de reuniões diárias existentes, criando o fórum de comunicação entre as equipes. Na prática, precisamos responder a perguntas como: quem participa de cada reunião, quando e onde elas acontecem, qual a frequência de realização, que informações precisam ser trazidas a essas reuniões, etc.
O local de realização normalmente envolve um quadro de gestão, onde o conjunto de informações fica visível a todos e seja possível cumprir uma rotina de verificação pelos participantes. Para começar, o quadro pode ser provisório. Ele pode ser elaborado rapidamente, ainda em caráter experimental. Isso é mostrado na imagem a seguir.
Ainda que o quadro seja até ‘improvisado’ (e de fato é, foi feito internamente na empresa onde a implementação foi realizada), as informações contidas nele são atualizadas diariamente, permitindo a tomada de decisão.
Haverá tempo, posteriormente, para criar um quadro definitivo e que já incorpore as lições aprendidas dessa primeira versão do quadro. Em alguns casos, uma vez que uma sistemática de resposta rápida está sendo utilizada, alguns indicadores podem ser substituídos por outros. Em outras situações, uma meta pode até ser ‘elevada’, mais rigorosa, uma vez que a anterior já foi atingida e até superada.
A imagem a seguir representa o quadro definitivo criado para substituir o quadro mostrado na imagem anterior. Isso foi realizado aproximadamente 6 meses depois que a primeira versão do quadro passou a ser utilizada.
Caso real que contou com o suporte da Kimia Consultoria.
Passo 4: Inicie envolvendo a equipe de um turno
A sistemática precisa iniciar a funcionar. Para isso, apenas comece. Se a área escolhida trabalha em mais de um turno, comece com apenas um deles. Importante contar com a participação das áreas de suporte.
Ainda que nem todos os indicadores estejam disponíveis, inicie mesmo assim. Levará algum tempo para a equipe desenvolver a disciplina para participar com pontualidade e estando de posse das informações necessárias (ou seja, se preparou previamente para estar na reunião e fazer dela algo produtivo).
Por fim, comece definindo as primeiras ações corretivas com prazos curtos. Defina como as ações serão expostas a todos e como o cumprimento destas será acompanhado.
Esse processo exige aprendizado e alguma maturidade dos participantes. Assim, é natural que leve algum tempo. Não é recomendado expandir a sistemática de forma muito rápida, sem ter consolidado sua implantação na área e turno piloto.
Passo 5: Planeje e execute a expansão da sistemática
Em tempo, quando a implantação piloto estiver madura e bem estabelecida, faça a expansão para outros turnos de trabalho (manhã, tarde e noite) e outros fluxos de valor.
Quando a implantação do Shop Floor Management atinge diferentes turnos de trabalho, é necessário que as equipes de cada turno estejam trocando informações entre si (nas trocas de turno) de maneira mais estruturada. Isso precisa ser previsto e bem definido.
Da mesma forma, quando diferentes fluxos de valor estiverem envolvidos com a sistemática, as informações e problemas de cada área passarão a ser integradas nas reuniões de níveis gerenciais e de direção, fazendo com que um fluxo de comunicação seja eficiente em toda a empresa.
Passo 6: Atue prioritariamente nos problemas recorrentes
Registrar os problemas e as ações é um aspecto importante. Não só para verificar o cumprimento de ações de curtíssimo prazo, mas também para manter um registro ‘histórico’ dos problemas.
Como dito, o Shop Floor Management deve gerar correções no curtíssimo prazo. Mas o histórico de problemas deve ser analisado para que as situações recorrentes sejam detectadas e possam ser planejadas ações de projeto, visando eliminar as causas raiz. O ‘action log’ torna-se um input do processo de melhoria contínua, ajudando a priorizar iniciativas de Eventos Kaizen ou Projetos A3 para a resolução de problemas. Clique no link de cada metodologia para saber mais.
Benefícios da aplicação do Shop Floor Management [VEJA UM CASO REAL]
Já deve ter ficado evidente que a aplicação do Shop Floor Management impacta diretamente a maneira como a gestão da rotina na sua empresa é realizada, e que o foco na correção de desvios e respostas rápidas facilitará em muito o alcance dos resultados previstos. O desempenho será acompanhado de perto, de forma que a tomada de decisão será realizada com maior frequência e agilidade. Mas existem outros dois benefícios a serem destacados.
Aproximar áreas de suporte do gemba
Em muitas empresas, as áreas de suporte estão muito distantes da operação. Acaba sendo comum uma rotina de não ‘ir até a fábrica’, direcionando tempo e esforço somente em atividades de escritório. Considerando uma empresa de manufatura/industrial, será que esse não é o foco errado?
Vamos considerar o seguinte exemplo da Toyota, empresa responsável por desenvolver o que hoje chamamos de Lean Manufacturing. Veja abaixo um exemplo de escritório existente em uma de suas fábricas.
Todos os móveis estão elevados e as pessoas trabalham em pé. Isso é pensado dessa maneira para que as pessoas sejam estimuladas a ir a fábrica e estar mais próximas da operação. Tendo conhecimento dos problemas existentes e detectados através do Shop Floor Management, as áreas precisarão dar respostas mais rápidas. E isso nos leva a um outro benefício que precisa ser destacado.
Reforçar a relação cliente-fornecedor entre produção e áreas de suporte
A maior proximidade das áreas de suporte da operação cria o que chamamos de ‘relação cliente-fornecedor’ mais forte entre elas. Não custa lembrar que o fluxo de valor, de fato, é a operação ou produção. A equipe da operação é a responsável por transformar o produto em algo que os clientes querem receber e que tem valor.
Assim, estamos colocando mais recursos e intensificando a resolução de problemas, de forma a gerar impacto positivo em qualidade, produtividade, pontualidade de entrega, segurança, etc.
Para concluir, qual o tamanho do benefício que sua empresa pode colher implantando o Shop Floor Management? CONHEÇA UM CASO REAL DE EMPRESA QUE CONTOU COM O SUPORTE DA KIMIA E TEVE GANHOS COMPROVADOS EM SEUS INDICADORES. CLIQUE AQUI OU NA IMAGEM ABAIXO.
Como a Kimia pode suportar sua empresa na aplicação do Shop Floor Management?
Atuamos suportando empresas a implantar o Shop Floor Managament de diversas maneiras. Veja a seguir:
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- Uma primeira abordagem possível é através da realização de treinamentos e conscientização das equipes, para que entendam como a sistemática funciona e o que é esperado de cada pessoa. Nesse caso, a implementação fica sob responsabilidade da equipe da própria empresa.
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- Caso seja necessário um suporte maior, a Kimia Consultoria pode atuar lado a lado do cliente por um período mais longo, auxiliando na criação de toda estrutura necessária para desenvolver os principais elementos que compõem a sistemática (indicadores, atividades de controle e monitoramento, elaboração do quadro de gestão, desenho da estrutura de reuniões diárias e controle da ações) e participando da implantação piloto.
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- Uma última abordagem de coaching é possível visando atuar junto às pessoas, trabalhando questões comportamentais, avaliando a maneira como as ações corretivas são propostas e executadas, bem como fornecendo capacitação no entendimento de causas raiz e resolução de problemas.
Independente de qual o suporte necessário, podemos auxiliar sua empresa na implantação do Shop Floor Management com soluções sob medida. CLIQUE AQUI E FALE COM UM CONSULTOR PARA SABER MAIS.